sexta-feira, novembro 06, 2009

5ª Sinfonia de Mahler

Imagino-me no meio de uma tabanca perdida nos confins do mundo conhecido a ouvir a 5ª sinfonia do Mahler...

sábado, outubro 31, 2009

O descobrir da música



Uma das mais belas cenas de sempre, retirada do filme Equilibrium.
Numa sociedade onde até as emoções são controladas, todas as formas de arte, onde evidentemente a música se inclui, foram banidas. Neste trecho, John Preston ouve música pela primeira vez.. e logo a 9ª sinfonia do Beethoven...

segunda-feira, outubro 26, 2009

Revista americana põe Porto no top do Mundo



Os americanos Sharon e Frederik Klein, da prestigiada revista "Travel & Leisure", ficaram deslumbrados no primeiro contacto com a Invicta. "Ao contrário do que se sente em Lisboa, o Porto é um centro cultural com muito mais dinamismo. É, com toda a certeza, a cidade do país com mais charme". O artigo da revista destacou a personalidade única da cidade, traduzida pela simpatia das pessoas, e o seu vinco medieval aliado à marca de grandes arquitectos internacionais contemporâneos. A revista considerou o Porto um dos destinos mais "charmosos e acessíveis" do mundo.

A voz imparcial de dois peritos americanos : )

sexta-feira, outubro 09, 2009

Novidades, novidades.... nenhuma, tudo igual!

Quando as regras são outras, mudem-se!!

Não restam muitas mais palavras para comentar o que abaixo passo a citar...

O Governo mudou, há três semanas, o regulamento do FEDER e do Fundo de Coesão, viabilizando o desvio de verbas das regiões mais pobres para Lisboa. Portugal negociou essa excepção, no QREN, com a Comissão Europeia.

Segundo apurámos, a queixa apresentada pela Junta Metropolitana do Porto, precisamente contestando o desvio de milhões para a capital do Quadro de Referência e Estratégico Nacional (QREN), não deverá ter acolhimento por parte da Comissão Europeia. A transferência deverá ser considerada regular. Contactada pelo JN, a Junta Metropolitana do Porto assegura que ainda não foi notificada de qualquer posição da Comissão Europeia e mantém a convicção de que o desvio é ilegal.

O regime de excepção faz parte de um anexo respeitante às normas de aplicação dos fundos estruturais. Possibilita-se, então, que dinheiro destinado às regiões de convergência possa ser usado em Lisboa, desde que os investimentos tenham reflexo no restante território nacional. É o "spill-over effect", o efeito de difusão que passou a integrar o Regulamento Geral do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do Fundo de Coesão.

A alteração do regulamento por parte da Comissão Ministerial de Coordenação do QREN, liderada por Nunes Correia, foi aprovada, através de consulta escrita, a 17 de Setembro, já durante o período de campanha para as eleições legislativas. Na Junta Metropolitana, entende-se que se trata de uma alteração "feita à socapa", para dar "cobertura legal" ao "bypass" de verbas para Lisboa.

Na sequência da queixa da Junta Metropolitana do Porto, Bruxelas avançou com averiguações.

Sem avançar com uma data em concreto para o desfecho da queixa colocada por Rui Rio, fontes comunitárias confirmam que a verba transferida da região Norte para a de Lisboa pode encaixar-se na excepção à regra dos fundos estruturais, prevista no QREN 2007-2013, sobre o chamado "efeito de difusão".

Trata-se do "anexo V", negociado entre a Comissão Europeia, liderada por Durão Barroso, e o Estado português, liderado por José Sócrates, que versa sobre investimentos efectuados na região de Lisboa que possam ter efeito sobre as restantes regiões e que pode aplicar-se a projectos de modernização da administração pública, de cariz imaterial.

Cabe às autoridades nacionais que gerem os fundos - há sete entidades regionais em Portugal - decidir sobre a afectação dos mesmos. No entanto, as entidades gestoras dos fundos têm de pedir autorização à Comissão Europeia para transferir verbas relativas a um projecto orçado em 50 milhões de euros ou mais.

De acordo com a mesma fonte, "nunca" antes as autoridades portuguesas tinham pedido autorização para transferir verbas.

A região de Lisboa não teria direito às verbas destinadas às regiões de convergência, uma vez que os seus indicadores - PIB (Produto Interno Bruto) per capita e qualidade de vida - já estão acima da média europeia.


in JN

quinta-feira, outubro 08, 2009

Seremos todos parvos, Sr. Presidente?

Voltando ao tema Cavaco, deixo aqui o artigo de Miguel Sousa Tavares no Expresso do fim-de-semana passado. Deixa um apanhado geral do que se passou e, ainda que com ligeiras nuances, partilhamos a mesma opinião.


Pus-me a pensar o que poderia Cavaco Silva dizer na sua "comunicação à imprensa" (em que à imprensa não eram admitidas perguntas) que pudesse justificar a surpresa de ter visto um Presidente envolver-se numa campanha eleitoral e contra o partido do Governo. Não apenas pelo caso das escutas, mas também pelo seu comentário, cirúrgico e cínico, à suspensão do Jornal de Sexta, da TVI.

Pus-me a pensar e não vi grande saída presidencial, na matéria das escutas. Porque os factos, já provados ou não desmentidos, falavam por si: primeiro, há um ano e meio atrás, e depois, a um mês e meio das eleições, o assessor de confiança de Cavaco, dizendo falar em seu nome, foi transmitir ao jornal "Público" que a Presidência suspeitava estar a ser escutada e espiada pelo Governo. Isto, na exacta altura em que a campanha do PSD só tinha um tema: a "asfixia" das liberdades e da sociedade pelo Governo controleiro do PS. Que nem sopa no mel! E mudo e quedo, sem desmentir as suspeitas assim lançadas pública e escandalosamente, ficou o Presidente, lá, na sua casa do Algarve, entretido a ver diplomas. E assim ficaria, não tivesse o "Diário de Notícias" desvendado os contornos da trama e obrigado Cavaco ao gesto dúbio de "fazer alterações na sua Casa Civil". Foi então que o PSD se pôs a gritar em surdina que o PR estava a lançar sinais equívocos que poderiam, afinal, beneficiar o PS em vez de prejudicá-lo, e que o melhor era dizer logo tudo, antes mesmo que o povo fosse às urnas. Mas, justamente, aí é que estava o problema, como bem se percebeu pela sua comunicação ao país: o que tinha ele para dizer? Nada.

Assim, e excluindo desde logo a hipótese de ver o Presidente pedir desculpas pelo sarilho que engendrara ou consentira planeadamente, só vi uma maneira de ele se pôr a salvo: sacrificar em praça pública o amigo Fernando Lima (e é isso que se espera dos amigos dos príncipes, nas horas de aperto). Mas não: talvez tolhido pelo pudor e enraivecido pelo descalabro da sua conduta, vimos um Presidente fora de si, com cara de ódio e pose de majestade ofendida, a quem tinham ousado incomodar ("na minha casa no Algarve, quando dedicava boa parte do meu tempo a ver diplomas... exigindo que interrompesse as férias...). E, de suspeito, Sua Excelência passou a acusador, com uma leviandade que, vinda de um Presidente da República, arrepia.

Sim ele é que desconfia que "altos dirigentes do partido do Governo" se interroguem sobre o facto (aliás público e não desmentido) de membros do seu stafe participarem na elaboração do programa eleitoral do PSD; ele é que desconfia do timing da notícia do "Diário de Notícias", e não da do "Público", saída um mês antes e que deu início a toda a história; ele é que não percebe que alguém possa pôr em causa o legítimo direito de um seu assessor acusar o Governo de espiar o Presidente, sem ter de o provar; ele é que julga que o quiseram empurrar para a campanha eleitoral, e não que se empurrou a si mesmo; ele é que desconfia da veracidade do mail trocado entre dois jornalistas do "Público", apenas com a autoridade que lhe dá o facto de ser quem é; e, enfim, num despropósito final e patético, ele é que se lembrou, no próprio dia em que se ia explicar ao país, de subitamente desconfiar da vulnerabilidade do seu computador pessoal, para assim justificar as "questões de segurança" sobre as quais tinham anunciado que iria falar.

Enfim, para tudo resumir, não fossem "os superiores interesses nacionais", que, por vezes, obrigam um Presidente da República a "ser capaz de resistir a graves manipulações", que ultrapassam "os limites do tolerável e da decência", e Sua Ofendida Excelência diria aos portugueses, olhos nos olhos, o que verdadeiramente lhe vai na alma: que eles acabaram de reconduzir um governo de bandidos, que lhe interrompem as férias, espiam as comunicações, controlam a liberdade de opinião dos seus assessores e que ele, a bem da nação, terá de suportar enquanto não vir saída. Como comentava um amigo meu, todavia longe do universo PS, "será que ele nos toma a todos por mentecaptos?".

Quando Cavaco Silva foi eleito, eu escrevi aqui que nunca tinha sido devoto do culto. Nunca lhe reconheci crédito de estadista nem mérito como governante. Nunca lhe conheci um pensamento político que não fosse estratégico apenas para si próprio nem agenda política que não fosse a do seu interesse pessoal. Nunca o vi gostar de correr riscos nem ter coragem nos momentos difíceis - quer em relação ao país quer em relação ao próprio PSD, que, em grande parte, ainda vive na ilusão de que Cavaco pertence à sua família política, como se ele tivesse alguma família política que não a sua própria. Mas escrevi também que, uma vez eleito, ele passava a ser o Presidente de todos os portugueses e também o meu.

Isso acabou terça-feira passada. O homem que se dirigiu ao país como Presidente de todos os portugueses já não o é mais. Colocou-se a si mesmo como Presidente de uma facção - dos devotos que lhe restam ou da maioria silenciosa e ignorante que não segue ou não entende a gravidade do que se passou. Por decisão própria, o Presidente da República tornou-se neste momento o principal factor de instabilidade, o principal obstáculo ao regular funcionamento das instituições democráticas, que jurou defender. Nada mais será como dantes. E não apenas entre o Presidente e o futuro governo: entre o Presidente e o país.


in Expresso

quarta-feira, outubro 07, 2009

Os riscos da religião I

Madeline Neumann, de onze anos, morreu no chão de casa, em Wisconsin, EUA, enquanto os pais rezavam para que melhorasse, em vez de pedir auxílio médico.

Os pais da menina de onze anos, que morreu em Março de 2008 devido à falta de assistência médica, foram agora condenados a seis meses de cadeia.

De acordo com a Sky News, Madeline Neumann morreu em casa, no chão, enquanto os pais, Dale e Leilani, a rodeavam de membros de um grupo de oração. Um dos elementos do grupo só chamou o número nacional de emergência quando a menina deixou de respirar.

A criança, que acabou por morrer de uma forma de diabetes não diagnosticada, mas tratável, estava demasiada fraca e já não conseguia comer, beber, falar ou andar. Os pais foram acusados de negligência por terem ignorado os diversos sinais da doença.

Os pais, que vivem no Wisconsin, nos EUA, poderiam ter sido condenados a uma pena de até 25 anos, mas acabaram por ser sentenciados a seis meses de cadeia cada, pelo crime de homicídio por negligência em segundo grau.

Vincent Howard, juiz que presidiu à sessão de julgamento, retratou os pais de Madeline como "muito boas pessoas a tomar conta da sua família, que tomaram uma má decisão, uma decisão muito negligente".

Segundo o juiz, a pena de seis meses de prisão vai permitir aos pais de Madeline "tempo para pensar" no que fizeram. "Ás vezes Deus trabalha a partir de outras pessoas, médicos por exemplo", disse o magistrado.

Em entrevistas policiais, Leilani Neumann declara que não se arrepende de "confiar totalmente em Deus" no que diz respeito à saúde da filha. "Sabíamos que ela tinha uma doença fatal? Não. Actuamos de acordo com aquilo que achamos ser melhor? Sim".


in JN

Cavaco ou não Cavaco, eis a questão...




Já com uns dias de atraso e sem muito tempo (leia-se "paxorra") para falar mais sobre o assunto digo apenas que com a sua fantástica intervenção, Cavaco Silva veio a confirmar aquilo que já quase todos tinham a certeza, que toda esta história de escutas/assessores/demissões/silêncios foi feita com o propósito de prejudicar o PS nas eleições legislativas...

Aquele que outrora nunca se enganava e raramente tinha dúvidas, actualmente nunca fala deixando muitas dúvidas quando decide abrir a boca.

Resta-nos esperar um ano e votar seja em quem for que se candidate contra ele...

terça-feira, setembro 08, 2009

Seguradoras de Saúde não cobrem a Gripe A

Há muito que andávamos parados... Um misto de trabalho e preguiça tem inviabilizado o habitual espírito crítico que paira sobre este blog.
Muitas foram as oportunidades para um novo "post" e todas estas foram passando sem que alguma coisa aqui fosse escrita, acontece que há coisas que não podem passar em claro e esta é uma delas.

Segue abaixo uma notícia que acabei de ler no JN online.
Numa altura em que se aproximam a passos largos as eleições legislativas, para as quais concorrem alguns partidos cujas ideias para a política de saúde passam exactamente por aqui, seguradoras, é importante reflectir sobre este assunto...


A Associação Portuguesa de Seguradores afirmou hoje, terça-feira, que seria "altamente irresponsável" os seguros de saúde cobrirem despesas relativas a pandemias, como é o caso da gripe A, uma vez que poderiam levar as seguradoras à falência.

"Não havendo modelos fiáveis de avaliação do risco, os custos com sinistros [de uma pandemia]poderiam rapidamente conduzir uma seguradora à falência, afectando todos os segurados e beneficiários clientes da seguradora mesmo de outros ramos de seguro", refere um comunicado da APS.

Visando "esclarecer" algumas "dúvidas junto de algumas entidades que se pronunciaram publicamente" sobre o facto de os seguros de saúde não cobrirem despesas decorrentes de contágio pela gripe A (H1N1), a APS afirma que a não cobertura se deve ao facto de assumir um carácter pandémico e não ao facto de se tratar de uma doença infecto-contagiosa.

Além disso, esclarece que é "uma exclusão típica dos contratos de seguro de saúde, com carácter suplementar ou complementar, celebrados em qualquer parte do mundo".

"Não se trata de uma exclusão característica dos contratos celebrados no nosso país", reiterou a associação, frisando que nos países em que o serviço nacional de saúde assume a forma de "seguro alternativo" há "respostas específicas para riscos extremos" como as pandemias, com o Estado a assumir-se como "financiador de último recurso, nomeadamente em caso de falência da seguradora".

Segundo a APS, nenhum segurador "pode medir o risco de uma epidemia ou pandemia, nem quanto à sua frequência, nem quanto à sua extensão, nem quanto ao seu custo".

"Torna-se, por isso, impossível de quantificar o risco e estabelecer um preço correcto e transparente para cada cidadão", referem as seguradoras.

Na semana passada, a ministra da Saúde estranhou que os seguros de saúde não cubram a gripe A (H1N1), frisando que "é uma doença infecciosa produzida por um vírus, tal como a gripe sazonal ou as amigdalites e pneumonias".

"A gripe A é uma doença infecciosa produzida por um vírus, tal como a gripe sazonal, as amigdalites, as pneumonias e outras doenças infecciosas. Portanto, não consigo perceber por que é que a gripe A é [considerada] uma doença infecto-contagiosa e as outras não são", disse Ana Jorge à Lusa.

A ministra respondia assim às declarações do presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, que dissera no mesmo dia que os seguros de saúde não englobam a gripe A.


in JN

terça-feira, março 03, 2009

A nossa imprensa

Por norma, e como aqui já referi mais que uma vez, não gosto de trazer à baila assuntos relacionados com o futebol.

Não há clubes melhores nem clubes piores, há clubes dos quais somos adeptos e outros dos quais somos adversários. É a afectividade que nos move, não a razão e isto faz com que não consigamos ser absolutamente imparciais, da mesma forma que não o seríamos se nos dissessem mal da nossa mãe, pai ou irmão. Gostamos deles e pronto!

Ainda assim, há factos indesmentíveis que saltam à vista de todos e sem mais comentários aqui deixo um que só não é mais gritante porque já é velho este "deita abaixo", esta campanha orquestrada por parte deste jornal contra o FCP.



Factos públicos que podem ser confirmados não só na imprensa de ontem, como também nos relatórios públicos das SADs dos "3 grandes":

F.C.PORTO PREJUÍZOS = 1,4 MILHÕES DE EUROS

SPORTING PREJUÍZOS = 2,332 MILHÕES DE EUROS

BENFICA PREJUÍZOS = 9,35 MILHÕES DE EUROS

Elucidativo, não é?

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Ministério Público proíbe sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras

Mais importante que qualquer jogo de futebol, clube ou evento desportivo, é aquilo que sistematicamente temos vindo a presencear.

Desde processos de avaliação com requintes maquiavélicos aos professores, a alterações absurdas na lei que regula o internato médico, até à suspensão total do fim das carreiras médicas (o que diriam os professores se lhes dissessem que eles são meros funcionários contratados, sem perspectivas de evolução na carreira, simplesmente porque esta não existe), tudo é feito com uma permissão tal que se começa a tornar assustador.

Quando penso que as coisas não podem descer mais, deparo-me com esta notícia ao chegar a casa - http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1365875&idCanal=62

Para reflectir e discutir em breve...

terça-feira, fevereiro 17, 2009

A verdadeira coacção (continuará)

Não podia deixar de vir aqui, manifestar o meu mais sincero apoio ao director de comunicação social do S.L.Benfica, João Gabriel, quando questionou a actuação da PSP (Polícia de Segurança Pública) do Porto no jogo do passado Domingo, aquando da entrada dos adeptos (claques + adeptos + simpatizantes + amigos + famílias + insuficientes renais crónicos + ...) benfiquistas no estádio do Dragão!
Vamos por partes, primeiro não estive lá este ano, tendo estado noutros anos, em vários, quer na bancada vermelha e branca, quer na bancada azul e branca. No célebre 3-2 entrei já a partida ia em 15 minutos (fui dos primeiros a entrar nesse jogo), o que me dá uma base de facto para comentar o que se passou no fim de semana do "derby" inquestionável. Segundo, já toda a gente sabe que a articulação que se faz entre PSP local e PSP que acompanha os adeptos de Lisboa é trabalhada durante vários dias, semanas, ... a fim de tudo correr dentro da normalidade (digo eu). Terceiro, é também sabido que o acesso à bancada norte visitante no referido estádio, se faz unicamente por uma gate ao pé do metro neste tipo de jogos (só nestes)! Quarto, de tanto jogo que já fui ver na vida, e de tanto estádio visitado (e eu que fui a pouquinhos e durante poucos anos), e sem querer mentir, apenas e só no estádio do Dragão entrei tarde e com o jogo a decorrer (paga o adepto bilhete, de 20-30-40 euros para ver 75min de bola e não 90, isso é só la fora)! Quinto e último, o F.C.Porto é um clube "grande" e deveria ter a capacidade de organizar este tipo de jogos com o maior detalhe. Sim já lá passaram selecções no Euro, e grandes da Europa, mas quando os vermelhos vão lá, tudo muda! Até aqui tudo bem, tudo verdades. Irrefutáveis.
Vamos ao que aconteceu, de novo, mais uma vez, apenas com os vermelhos da capital: deslocaram-se Domingo passado cerca de 2500 pessoas adeptas do S.L.Benfica. Teriam todas de passar pela tal gate (ou o que lhe quiserem chamar). Ora vejamos:

Podem-se contar pelos dedos das duas mãos. Segundo quem lá esteve, a revista era tão minuciosa (que a deve ser), que nem "a articulação das polícias mais bem pensada e atempada" seria capaz de meter tanta gente com bilhete pago para ver o jogo e apoiar a sua equipa a tempo e horas na bancada. Talvez disponibilizar outra gate digo eu (o perímetro de segurança do estádio é feito em círculo, já a pensar neste tipo de casos, muita gente, muita confusão, alargar entradas certo)... ou preparar tudo para a chegada ao estádio às 09h da manhã (para ver o jogo às 19h45)... estou eu aqui a pensar com os meus botões já devem ter reparado.
Onde é que eu já vi este filme? Tudo a protelar para atrasar a entrada dos adeptos visitantes? Devo estar a sonhar! Certamente. E ainda mais com adeptos do Benfica! Psicótico.
Voltando ao início do artigo, onde disse que não podia estar mais de acordo com o director de comunicação do S.L.Benfica, digo-o porque também acho (acho e sinto, que é bem mais poderoso) que há uma acção discriminatória da PSP do comando do Porto em relação à de Lisboa (que me lembre não há memória de um Benfica - Porto na Luz, até aos 15 min. sem adeptos do Porto)! Que me desminta o conhecedor de causa.
A coacção no futebol e com os benfiquistas ou tudo o que tenha vermelho neste caso em particular é tal, que até uma entidade nacional, reguladora da segurança interna e dos direitos dos cidadãos (em comum) se converte ao poder de quem por detrás da cortina deambula livremente neste mundo que de verdadeiro tem muito pouco.

domingo, fevereiro 01, 2009

Frase da Semana

"Os únicos médicos somos nós! Nós tratamos as pessoas, os especialistas tratam órgãos"

Dr. Alfredo Martins  (AKA Artur Jorge do Serviço de Medicina 1 A ou Dr. House nº 1)

domingo, janeiro 11, 2009

Citizen Kane de Orson Welles (1941)
Género: Drama / Mistério


Considerado por muitas listas de críticos de cinema como o melhor filme de todos os tempos, Citizen Kane é um filme histórico e inventivo. Sendo director e actor principal no mesmo filme, o noviço Orson Welles desempenhou ambos com particular mestria. No campo da direcção e realização, destacou-se não só pela originalidade com que a narrativa fora descrita, começando-a precisamente pelo seu fim misterioso (a morte do persnagem principal), utilizando flashbacks; mas também pelos planos e perspectivas diferentes e inovadores para a altura, aspectos estes que iriam influenciar a história do cinema daí em diante.

No campo da representação, Orson Welles interpretou de forma bastante convincente o personagem da história em várias etapas da sua vida, Charles Foster Kane, inspirado na história real do magnata americano William Randolph Hearst. A história desde magnata é decifrada desde a sua humilde infância, abruptamente terminada ao receber uma avultada herança, até ao seu apogeu social como director do jornal The New York Journal. Dirigindo-o quase por mero passatempo e brincadeira, acabaria por transformá-lo num dos primeiros diários sensacionalistas, com uma crítica corrosiva à corrupção e sociedade nem sempre fundamentadas, tornando Kane (ou Hearst) num dos maiores manipuladores da sociedade, um homem de um esmagador poder social, capaz de eleger ou demitir presidentes, de iniciar ou vetar guerras (falo, particularmente, da guerra Hispano-Americana de 1898), tendo mesmo chegado muito perto da nomeação a candidato presidencial.


Apesar de não ocultar vários aspectos positivos da personagem, o carácter frívolo, arrebatado e sem escrúpulos do personagem principal acabou por não agradar a William Randolph Hearst, ainda vivo aquando do término do filme, tendo feito tudo ao seu alcance para que este fosse destruído antes da sua apresentação. Muitos dizem, no entanto, que a perseverança de Hearst na destruição do filme não era tanto devida ao retrato da sua personagem, mas sim ao da sua mulher, a cantora/actriz Susan Alexander. Efectivamente, anos mais tarde, Orson Welles acabaria por revelar que o seu maior lamento no filme, a coisa que realmente se arrependeu, foi o de ter passado uma imagem enviezada de Susan Alexander, no filme retratada como uma cantora ébria, sem confiança ou talento, acabando por prejudicar a sua carreira.

Apesar de não o ter conseguido totalmente, Hearst acabou por comprometer, na época, o sucesso de Citizen Kane e Orson Wells continuou no anonimato para a maior parte da sociedade. Ironicamente, esta sua disputa acabaria por, ao longo dos anos, cimentar a importância e divulgação do filme, e o seu nome acabaria por ficar intrinsecamente ligado a Citizen Kane. 

Algo que todos carecem de compreensão fora a última palavra proferida por Kane, no leito da sua morte, envolta em mistério e num sentimento profundo - Rosebud. O significado desta palavra, que parece encerrar nela algo de profundo e perturbador, é o ponto de partida para uma busca existencial interminável e aparentemente infrutífera do início ao fim do filme. A sua descoberta é, pois, o principal propósito do filme. O seu significado profundo é enaltecido em toda a subtileza com que é revelado, transformando Citizen Kane num filme intemporal, em todos os aspectos genial!


"O Sr. Kane foi um homem que teve tudo o que quis e que depois perdeu tudo. Talvez Rosebud fosse algo que ele não pôde obter, ou algo que perdeu... De qualquer maneira, não poderia explicar nada. Não penso que qualquer palavra possa explicar a vida de um homem. Não, talvez Rosebud seja apenas... uma peça no puzzle... uma peça perdida."

domingo, janeiro 04, 2009



Seven Pounds
de
Gabriele Muccino (2008)
Género: Drama



Depois de "The Pursuit of Happyness", Gabriele Muccino apresenta-nos mais um drama com Will Smith como protagonista. Desta vez, Ben Thomas, um agente do IRS cuja vida foi bruscamente alterada por um brutal acidente de viação, decide embarcar numa jornada que vai mudar radicalmente a vida de 7 pessoas.
Um drama intenso, com prestações sólidas de Will Smith e Rosário Thomas e um argumento bem escrito, que peca, no entanto, por ser, aqui ou ali, um tanto ou quanto inverosímel e por cair demasiadas vezes em clichets desnecessários.
A prestação de Will Smith pisca o olho a uma terceira nomeação para Óscar, depois de Ali e The Pursuit of Happyness.


Estreia em Portugal: 8 de Janeiro

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0814314/

IMDb: (7,5/10)

WCGato: 6,5/10