segunda-feira, outubro 08, 2007

Prevista abertura de mais vagas para Medicina

O Governo quer alargar de 1400 para dois mil o número de vagas em Medicina, anunciou hoje o ministro da Saúde, António Correia de Campos, sem avançar um prazo para atingir o objectivo.

"As previsões dizem-nos que as actuais 1400 vagas anuais para cursos de Medicina em Portugal não são suficientes a curto e médio prazo", afirmou o ministro, apelando às universidades para que criem condições para que esse crescimento seja possível.

Nas licenciaturas de Medicina, um dos cursos com mais candidatos no Ensino Superior, abriram este ano 1332 vagas no continente, mais 48 do que em 2006, e 68 nas regiões autónomas, o que dá um total de 1400 lugares, mais quatro por cento do que no ano passado.

O ministro falava na Universidade do Minho, na cerimónia de inauguração do novo edifício da Escola de Ciências da Saúde, numa cerimónia em que foram entregues os primeiros diplomas a 50 licenciados em Medicina.

O governante lembrou que "o país não pode deixar fugir os seus melhores intelectos, os estudantes que frequentam o curso de Medicina em Espanha, muitos aqui ao lado na Galiza, ou algumas centenas na República Checa".

Ainda na sua intervenção, Correia de Campos elogiou "a altíssima qualidade", quer do curso de Medicina, quer da investigação em ciências médicas da Universidade do Minho e enalteceu o facto de a instituição ter respondido positivamente ao apelo para aumento de vagas, passando de 50 para 100 o número de alunos no primeiro ano.

O ministro referiu-se ainda ao projecto do novo Hospital de Braga - que ficará sedeado em terrenos vizinhos e será do tipo universitário - garantindo que o concurso público estará terminado em meados de 2009, devendo a obra ficar concluída dois anos depois, em 2011.

No final, questionado pelos jornalistas sobre o problema da falta de médicos em Portugal, nomeadamente nas zonas do interior, o ministro disse que a falta faz-se sentir mais nas zonas urbanas, onde se concentra a maioria da população. Lembrou que em 1986, os diferentes cursos de medicina apenas aceitaram 186 vagas no primeiro ano, número que subiu, apenas para 450 em 1995, o que originou a actual carência de médicos.

Na ocasião, o reitor da universidade disse que o novo edifício irá potenciar as actividades de ensino médico, de pós-graduação e educação médica contínua, bem como de investigação biomédica e de prestação de serviços à comunidade". A conclusão do edifício permitiu já "o aumento significativo do número de alunos que iniciaram o Curso de Medicina com Mestrado Integrado no ano lectivo de 2007-08", acrescentou.


in Publico online
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Vamos a ver se este assunto desperta as mentes adormecidas dos outrora habituais participantes...